A fabricante de roupas e acessórios britânica Burberry vinha preparando com euforia sua primeira participação na Semana de Moda de Xangai, em abril. Dior, Valentino e Prada também desfilariam na temporada chinesa, a mais badalada do momento. Até que, no começo de fevereiro, o evento foi adiado para ajudar a conter o surto do coronavírus.

A China responde por um terço do mercado global de luxo, com um faturamento anual de 100 bilhões de dólares. Mas, por causa da epidemia, marcas como Saint Laurent e Ralph Lauren viram o movimento cair em até 80% e têm mantido lojas fechadas. E que setores podem ser mais afetados pela epidemia?

Para consultores ouvidos por EXAME, itens de entrada, como perfumes, devem cair bastante, já que boa parte de seu público é de trabalhadores da classe média, que estão com o emprego ameaçado. Empresas com seu comércio eletrônico estruturado sofrerão menos, já que as compras não dependem de deslocamento.